segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Exhaustor Corporation

Semana passada, saída de uma reunião/situação muito f... deparei-me com uma camiseta com o texto "Exhaustor Corporation"... pensei em algumas fábulas:

De um filme... uma família perfeita. Pai bem sucedido profissionalmente, o bom marido, o pai atencioso, o homem visionário. A mulher fiel e dedicada, bonita e atenciosa, amável, boa mãe, compreensiva. A casa dos sonhos, um filho, um cachorro, piscina, amigos, etc... etc. Um projeto do marido, revolucionário, futurista, uma criança robô com capacidade para retribuir afeto, com uma condição, que a mãe o programe para amá-la, e ele o fará, incondicionalmente. Não somos robôs, mas somos "programados" para amar... é duro quando, como no filme, não se cuida o bastante antes de se afetuar a alguém. O resultado... desastroso, um dos filmes mais angustiantes que já vi... nunca consegui vê-lo novamente. Inteligência Artificial

Novamente uma família. Cada qual com suas tarefas. Há quem levante pela manhã, vá direto para a cozinha, e prepare o desjejum da família. Há quem arrume as camas, limpe os banheiros, lave as roupas, passe-as também. Há quem faça as compras, quem cuide do jardim, lave o quintal, guarde a casa. Há quem busque os jornais pela manhã, quem brinque com as crianças. Há quem nas mesmas famílias, suporte o desprezo, a chateação de um dia de trabalho difícil, o descontrole num chute impensado, num pisão enquanto cochilava. Há quem ache que o cão é da família. O cão é da família, mas ele é só um cão. Útil, prestativo, atencioso, não costuma guardar mágoas... mas, ele é só um cão, sempre só um cão.

Exhaustor Corporation.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

1/4 em Roma

O título do filme é "Um Quarto em Roma", mas que no fim das contas o que vale é só uma fração, 1/4 em Roma, e os outros 3/4 em qualquer outro lugar longe dali.
Havia criado algumas expectativas quanto a este filme, muito embora depois de ler algumas críticas, sabia que poderia não ser lá tudo isso, e infelizmente não foi mesmo.
O filme fica devendo em vários aspectos, falta "liga", falta química prá o casal, falta uma construção do encontro, falta harmonia, desejo, envolvimento, entrega, e sobra artificialidade, e uma relação pouco convincente.
As cenas são plasticamente bonitas, mas mesmo o toque mais simples, não reflete quase nada de paixão, em alguns momentos uma nudez exagerada, com menos sensualidade do que poderia liberar um filme como esse. Prá cada transadinha um dramazinho da vida de uma delas... bem deprê. Por fim e prá mim a noite ficou longa.
O que efetivamente salva o filme é a trilha sonora, que é belíssima.
Me rendi a isso, fiquei até o último acorde...  segue links prá trilha:

Loving Strangers - Russian Red
The painting speaksJocelyn Pooks
Women's Magazine Tango - Jocelyn Pooks