domingo, 15 de maio de 2011

Homens e Deuses

E um filme que vale a pena ser visto. 
Trata de um fato histórico ocorrido na Argélia em 96, quando um grupo de monges católicos franceses do Mosteiro da região de Atlas, são feitos reféns e mortos por um grupo fundamentalista islâmico.
Numa morte anunciada que não foge ao fato, o filme transcorre apresentando o cotidiano do grupo de religiosos, que envolve os cantos, as orações e o auxílio médico prestado à população carente da comunidade onde está inserido o mosteiro.
Curiosamente o diretor do filme consegue apresentar de maneira suave os diversos aspectos e posicionamentos ideológicos que envolvem a cena final: as questões políticas da região, a corrupção, a exploração francesa na Argélia, a missão clériga, a ideologia dos chamados "terroristas", a figura opressora do exército local.
Longe de se apresentar numa história maniqueísta, é simplesmente um contado de posições certas ou erradas, próprias ou coletivas, onde não se elegem heróis ou bandidos.
Recomendo.


Ficha técnica

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Decisão do STF



Li o texto que segue abaixo e achei de uma clareza e objetividade, que resolvi "repostá-la" neste espaço. Repostando do blog http://blogdobento.blogspot.com .


"O que mudou com o reconhecimento oficial do que já existe? Pra mim, nada.

Eu nunca tive tesão por outro homem... Pode ser legal, agora, mas pra mim, não muda nada.

Muda para aqueles que abriram mão de pensar e acham que podem virar gays a qualquer instante... Os antigays se parecem muito com aqueles caras de Brokeback Mountain... "tá frio... a gente tá sozinho aqui... vamos transar?" rsrs

Ou seja, os antigays parece que vivem se coçando pra transar com os gays, por isso lutam pra que a coisa não fique legal, pois, se ficar legal, a coceira vai vencê-los... rsrsrs

Eu ficaria preocupado e teria lutado contra se a Lei fosse me obrigar a ser homossexual. Aí, eu esbravejaria e, se passassem tal Lei aqui, eu mudaria de país.

Mas, me diga, seriamente, a Lei aprovada agora obriga você a ser gay? Não? Então, qual é o problema? Você quer mandar nos órgãos sexuais dos outros? Saiba, nos meus mando eu -- e eles só gostam de mulher.

Ah, por favor, pare com a hipocrisia. Acabe com essa história de que "vai ser horrível para as crianças que eles agora poderão adotar". Por que vocês não adotaram todas as crianças abandonadas, antes? Ou seja, as crianças continuarem sem um lar, abandonadas, nunca foi um problema para vocês. Problema é se os gays derem a elas o lar que vocês se recusaram a dar? Ou são os gays que abandonam suas crianças em latas de lixo?

Você acha que os gays vão influenciar, com o exemplo, os filhos adotados a serem gays? Ora, então, por que o exemplo dos héteros não surtiu o mesmo efeito? Afinal, os gays são filhos de héteros e tiveram pais héteros como exemplo.

Ah, isso é contra a sua fé? Ora, a fé é sua. Eu não quero ser obrigado a obedecer a sua fé. Por que obrigaria outros a obedecer a minha?

Isso é contra a Lei de Deus? Ora, os ministros do Supremo não são Aiatolás e nem Papas. Eles julgam apenas o que é Constitucional. E eles já julgaram. " Bento Souto

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Contra Corrente

Algumas vezes eu utilizei uma imagem prá tentar figurar algumas tentativas humanas de seguir contra as imposições, crenças, valores de uma cultura, que era pensar-se tentando entrar (ou sair) de um trem do Metrô (na Sé-SP, por exemplo) em horário de pico, contra o fluxo das pessoas. Inadivertidamente, esta pessoa será arremessada de volta, numa tentativa frustrada de avançar.
Contra Corrente é justamente isso, uma figura de linguagem. Não se trata de um filme que se “lê” com os olhos, ou com o conhecimento, ou com as crenças, aliás esta última precisa ser rechaçada, pois afinal, não é absolutamente disso que o filme quer falar.
Devemos sentir o filme, demorei um pouco prá processar a informação, mas que bom que ela veio, mas veio a duras penas, doendo por dentro.
Fundamentalmente o filme trata de preconceito. Se quisermos vê-lo com expectativas quanto as relações afetivas, amor, amizade, traição, “armários”, crenças, ele renderá poucas discussões, ou quase nenhuma, um conteúdo pobre. O foco rico é o preconceito. São as impressões e os sentimentos que se instalam socialmente a partir desta experiência.
A máxima é sem dúvida a invisibilidade social à qual são “empurrados” os que estão à esta margem da aceitação e tolerância, aspectos como o aprisionamento aos quais estão destinados estes “diferentes”, o "peso de carregar" esta admissão, além dos clássicos, abandono, indiferença, agressividade, deboche e tudo mais.
É um filme que pode demorar a processar, mas prá quem experimenta ou já experimentou isso, saberá do que estou falando.  


Produção: Peru, Colombia, França e Alemanha
Ano: 2010
http://www.contracorrientelapelicula.com