domingo, 30 de maio de 2010

Orgasmos Vivos

A psicanálise ou alguns psicanalistas denominam o orgasmo como a morte. A morte porque é o clímax, o pico de algo que descenderá, o prazer final, o próprio fim, portanto, a morte. Mas, como nem tudo explica Freud, e Freud nem tudo explica, decidi explorar outros prazeres, não menos prazeres, não menos finitos, não menos fluídos, porém, os quais passo a denominar orgasmos da vida, ou orgasmos vivos.
De fato, o clímax do prazer encerra-se numa explosão de gozo... mas, e se esse clímax do prazer perdurar e não encerrar-se com esta finitude esperada???
Seguindo nesta mesma rota, que tal descobrir os nossos pontos "G"?... sim temos, todos temos... a depender do "G", o gozo pode traduzir não o fim, mas o princípio de tantas coisas... rsss. Quantos "Gs" são capazes de nos fazer brilhar além do "pouco tempo"?
Mas, como nem todo orgasmo precisa ser morte, alguns "Gs" podem ser "Is".
O Orgasmo Vivo ao qual me referi reflete o prazer que superou a finitude, estendeu-se ao dia seguinte, seguiu-se até agora. Um prazer quase interminável, do dever cumprido, da meta atingida, do gozo alcançado, superado, mantido... o Orgasmo Intelectual. O Ponto "G" que é "I". Explicar é a morte, a descoberta é o que impulsiona para a vida.
Hormônios acionados, delírios, uma onda de prazer que invade o corpo, a alma, e que fica, e que permanece, mantém viva, mantém a vida. A fusão de dois corpos, a inteligência e a oportunidade, semeando um envolvimento, que a depender de seus casos, não é sempre que se vê. A inteligência, às vezes, prefere outros parceiros, que a tratam como uma qualquer. A inteligência que não tem preço, mas se vende por tão pouco. E a oportunidade é uma parceira única, de poucos encontros, mas estes são inesquecíveis. Gozei com elas, desse encontro não esqueço mais... alguns expiram... este, jamais.

Además del Punto "I", también hay el "G"... no sé todos, pero que los hay, los hay. Y que lo tengo, la tengo... kkkk.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Beethoven e os Medos Privados em Lugares Públicos

Um gênio compositor e um filme.
O filme não vi, mas o nome já me satisfaz. Beethoven ouvi noite passada, tocou minha alma. Mais que ouvir Beethoven, tentei pensar Beethoven... o que foi cada acorde, cada nota, cada instrumento, a construção musical. No que pensava o gênio, o que queria dizer. Os medos, tais medos, nossos medos, o coletivos dos medos. Privados, públicos... pensei Beethoven. Nem tudo pode ser dito, eu bem sei disso. Sei bem que os gênios o fizeram... assim pensei Beethoven...
O sentido é contrário, a linha é oposta, nem sempre o que vem a seguir é a sequência desejada, o tom que se quer dar. É verdadeiro, mas é falso, tudo é sentido, tudo faz sentido, meu sentido, sentido, senti, sem ti.
A senha: despreza a regra natural das letras, o caminho ao qual as palavras querem levar. Despreza o caminho das linhas, faça outro sentido, encontre outros caminhos, outras possibilidades. O sentido é o que toca, e se tocar, já valeu a pena!!! Faça da vida um acróstico...

Minha, linha, vinha, cordas sãs, é a música
Dor, flor, cor, doce sabor, doces amargos
Meu, seu, nosso céu é o nosso
Afeto, concreto, um jardim, a palmeira, a flor estrela
Que som é esse? Qual silêncio se foi?
Não, vão, ruela vazia... é isso?
Pode, sobe, explode sem fim, em mim, sem mim
Ser, poder, sem saber... o sabem sim, eu sei que sabem!
Público, lúdico, púbico, e só um “l” cai
Até quando? Esperar?
Aplausos... Bravo Moreno!!! Bravo!!!

fonte da imagem: http://www.hyenaproductions.com/images/beethoven.jpg


domingo, 16 de maio de 2010

Redescobrir - A MÚSICA



Ser surpreendida pela vida, e pela emoção da vida, numa manhã de domingo, na exibição do programa Globo Rural, é no mínimo, quase engraçado... mas é isso, a vida é uma graça, uma dádiva contínua.
Difícil expressar em palavras a emoção, pura, doce, profunda, agradável, tão cheia de sentidos e quase nenhuma palavra.
Sentidos... caminhos que me levaram a outra época... que bom é poder chorar com isto.
E... que bom também... movida pela boa influência dos amigos, ser novamente mexida por uma canção.
Que jeito retrô de ser sacada deste lugar comum, do previsível, da dor que é certa e assumida e assumida como certa, das normas e obrigações impostas pelo tempo... Redescobrir de Gonzaguinha, na voz de Elis Regina, é sem dúvida um marco na história e memória de quem viu aquele especial de fim de ano.
Prá mim, a celebração da dor da alma, mas que é também o convite prá experiência do novo, da festa, da amizade, da alegria, do amor, do prazer, da vida... descobrir na dor novos rumos prá vida, e redescobrir-se nisso o tempo todo.
Mas, como entender isto na poesia e na voz de quem se foi tão cedo??? Ora, na propriedade da escolha, da própria escolha, da decisão pela escolha... como disse Erich Fromm "Amar é uma decisão"... este é o meu convite: "Amor se fazer é tão prazer que é como se fosse dor"

Como se fora brincadeira de roda, memória
Jogo do trabalho na dança das mãos, macias
O suor dos corpos na canção da vida, história
O suor da vida no calor de irmãos, magia
Como um animal que sabe da floresta, perigosa
Redescobrir o sal que está na própria pele, macia
Redescobrir o doce no lamber das línguas, macias
Redescobrir o gosto e o sabor da festa, magia
Vai o bicho homem fruto da semente, memória
Renascer da própria força, própria luz e fé, memória
Entender que tudo é nosso, sempre esteve em nós, história
Somos a semente, ato, mente e voz, magia
Não tenha medo, meu menino bobo, memória
Tudo principia na própria pessoa, beleza
Vai como a criança que não teme o tempo, mistério
Amor se fazer é tão prazer que é como se fosse dor, magia
Como se fora brincadeira de roda, memória
Jogo do trabalho na dança das mãos, macias
O suor dos corpos na canção da vida, história

Links para a matéria sobre Doma Gentil - Globo Rural (16/05/2010):

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Você é linda - A MÚSICA



Ouvi...
É interessante como a música significa e resignifica continuamente nossos momentos.
Como somos tomados tão de repente, como num arrebatamento, prá diante de algumas situações... simplesmente, ao som delas.
Dizer aquilo que queremos, mas que não encontramos nem o "como" e nem o "quando".
A música, a poesia, os acordes mais certos... e um sorriso maroto.
Que delícia celebrar essa união.
Me sinto o pote de geléia... kkkkk...
da geléia que chega, fresca, cremosa, deliciosa...
te recebo nos braços, nas pernas, na boca...
Me sinto o pote da geléia...
Hoje foi, puro desbunde!!! kkkkk

sábado, 8 de maio de 2010

O Bom e o Ruim


Fiquei algumas semanas sem postar, e pensei qual seria a razão? e me vi respondendo quase que instantaneamente : "só assisti coisas ruins". Talvez, não ter como tirar "algo" de bom deste "algo", foi-me absolutamente frustrante, a ponto de sacar-me todas as palavras. Mas, investi-me deste desafio, de tentar comentar o que vi, sem permitir que isso implique em tirar o direito do outro ver também, e concluir, quiçá, com melhores reflexões que as minhas.
Bem, "Alice no País das Maravilhas" é algo como... uma viagem bem planejada, cheia de roteiros definidos, mapas riscados, carros alugados com antecedência, passeios com horários estabelecidos, com tabelas de custos seguidas à risca, sem a menor possibilidade de algo não dar certo. Muita gente "aprecia", prá não dizer... ADORA isso!!! Eu... detesto!!! Prefiro planejamentos menos estruturados e nada previsíveis... ADORO, prá não dizer "aprecio", ser surpreendida por algo novo, que não fora pensado antes. Gosto da liberdade de mudar de idéia, de sair no meio de um filme chato, (ou de uma peça... falo já!)... definitivamente, "Alice" não é um estilo cinematográfico que me faça querer voltar, mas acredito mesmo, que muita gente vai amar... não fosse assim, não haveriam tantas agências de viagens!!! rsss...
Sobre a peça "abandonada" no meio, acho que foi outra investida frustrada. A peça "Cinema" tem uma proposta interessante de retratar as emoções e reações do espectador numa sala de cinema, situações pouco convencionais ali depositadas, mas que, na "nossa" opinião, falha ao "apontar" prá muitas possibilidades, e acertar praticamente nada. Um humor sem crítica, qual seja, o riso pelo riso, o choro pelo choro, a morte pela morte, a violência pela violência... mas, é isso, "bom e ruim" são sempre muito relativos, vejam e me digam. Bjs.