domingo, 6 de junho de 2010

Coisas Que Deixamos Pelo Caminho

Semana passada li o seguinte:

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está
no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta
que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a
felicidade."
Carlos Drummond de Andrade

E ontem vi este filme que me convenceu ainda mais da relevância desta reflexão de Drummond.

As perguntas são diversas: o que deixamos pelo caminho, o que recolhemos do caminho, o que não recolhemos no caminho e o que não deixamos pelo caminho.
Que caminho é esse, quem é o caminho.
Quem são no caminho, onde estão no caminho.
Porque vou no caminho, prá que vou neste caminho.
Com quem neste caminho, prá quem neste caminho.

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está...

No amor que não damos...
No amor que não damos no caminho.
No amor que não deixamos no caminho.
No amor que não levamos do caminho.

Nas forças que não usamos...
Não usamos as forças no caminho.
Caminho quase sem forças.
Sem forças prefiro outro caminho.

Na prudência egoísta que nada arrisca...
Nada arrisca no caminho.
Sem riscos caminho prudente.
E prudente, arrisco todo o caminho.

Esquivar-se do sofrimento que pode implicar em felicidade...
O sofrimento que leva a felicidade.
A felicidade no caminho que me esquivo.
Me esquivo da dor do caminho.

Como cantaria Djavan... como querer Drummondear o que há de bom...

O que há de bom???
O Caminho... viver o caminho é bom.

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