domingo, 20 de fevereiro de 2011

Lemon Tree - O limoeiro

Revi este filme depois de quase dois anos. Se tivesse que resumir sua temática com meia dúzia de palavras, diria que nos serve com maestría um suculento prato sobre direitos individuais, ou melhor dizendo, violação de direitos individuais.
A arte do cinema, como tantas outras, se utiliza de seus recursos, histórias, tecnologias, para apresentar suas ideologias, bandeiras, verdades, e, os (filmes) que são bons, nos ajudam a saboreá-los antes de simplesmente engolí-los, tais quais as pipocas que vendem à porta.  
O que poderia parecer chato, envolve. Envolve, porque toca sutilmente em questões bastante "humanas". É estranhamente normal falar como fato, de direitos humanos, direitos individuais, direitos coletivos, uma formação acadêmica denominada "Direito", e na prática, dar por primordial a verdade que serve ao interlocutor, assolando tudo o mais que estiver pela frente.
Pensar sobre isso, mover-nos entre dois pontos da história e dos direitos, é o que faz esta película.
Fico a pensar sobre o que nos pertence, ao que posso reivindicar direitos? Ironicamente o livro mais lido, crido e questionado, a Bíblia, diz sobre esta existência e seu incansável desejo de adquirir, de que "a humanidade veio do pó e ao pó tornará", e em outros cantos, declara a vaidade humana sobre o que pensa ser e ter.
O que pode ser retirado de alguém, é a pergunta que nos envereda na história. E prá quem, como indicado por especialistas da boa digestão, consegue mastigar no mínimo trinta vezes, acrescentaria a esta pergunta, o que "mais" pode ser retirado de alguém?
Este alguém, somos nós, e resta-nos saber quem ou ou que são estes limoeiros? O limoeiro, o retrato do poder instituído na representação do quadro do marido morto, que se personifica em iguais, que temem pelo direito do morto, dos mortos...
O direito morto dos vivos... um bom filme para agradáveis e intermináveis reflexões.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Quando pequeno via direto na estante da minha casa um livro chamado a 'Cura pelo Limão' um desses livros alternativos de cura miraculosa!Sempre me intrigava o título: uso do limão como digestivo, mas o limão ajuda o ser humano a ter mais lucidez é isso que aprendi e a gostar de limão: suco de limão, torta de limão, sorvete e mousse aliás depois de muito tempo aprendi pelo ditado 'se a vida lhe der um limão faça uma mousse'! E vendo esse seu post rapidamente, li o título do filme e pensei assim e o que parece uma grande viagem mas percebi que desse filme podemos tirar o doce do limão!!!Fiquei muito intrigado assim como com o livro da minha infância tentado a assisti-lo. Grato por tua existência e alma cult. Um grande beijo do amigo que viaja na Mousse aliás é tão sugestiva essa palavra porque é um substântivo de dois gêneros!

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  3. Do mais amargo ou azedo que seja o limão, com um pouco de habilidade podemos fazer uma infinidade de doçuras... é se esforçar prá querer isso. Bjos sempre doces.

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