sexta-feira, 18 de junho de 2010

Saramago

Saramago, mago de tantos textos, corridos, ligeiros, astutos como ele só. Uma linguagem única, de um quase mago, ele mesmo, Saramago. Homem de tantas faces, fases, fazeres, mas sempre ele mesmo, apaixonante, apaixonado, pelas letras, pelas palavras juntadas e montadas. Ler Saramago foi um dos maiores mistérios aos quais já me lancei. Ele é todo, inteiro, dono de uma descoberta literária que lhe era própria e somente sua. Crítico, mas sábio em todas elas, conhecedor dos tempos e dos ventos, do que leva e trás, do que nos leva e do que nos trás, do que se leva e do que se trás. A Saramago cito Fernando Pessoa:

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Saramago foi GRANDE. Como poucos, que se conhece por si. Saramago foi INTEIRO, o li em todo ele. Saramago foi TODO, em todos eles e elas de seus personagens. Saramago foi LUA, o feminino dos astros, e brilhará sempre.

2 comentários:

  1. gostei muito desta postagem. simples, bela, limpa, diz a que veio!
    beijos

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  2. ...me lembrei de ti, nessa coisa que Saramago desenvolveu esses dias, que foi ir embora.

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