domingo, 19 de setembro de 2010

O Beijo

CONSTANTIN BRANCUSI - O Beijo, 1908
Severas letras que arrancam de mim o riso
O fato, o é assim como o faço
O faço fato, prá que de mim não saia
Tão perto, me faz sentir
A lembrança que desvanece
Teu leite no meu leito,
teu gosto no meu rosto.
Tão sóbrios, nossos olhos se cruzam,
Tão longe, tão perto, tão tudo, tão nada.
Tua pele suada e a minha, ligadas num corpo só
O cheiro do prazer que atravessa por entre nós,
Nossos nós. Seu gemido, sua dor, seu favor.
Seu beijo na minha boca, sua boca, nosso beijo, nosso tudo.

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