Boa parte do que somos, pensamos, acreditamos, ou acreditamos que pensamos que somos, deriva do que lemos, vimos, ouvimos, vivemos, ou tudo isso junto. LI OU VI, reúne um pouco disso. Espero expressar o que, pouco provavelmente, alguém "são" pensaria... a loucura é o que me move, discordâncias é o que procuro. A unanimidade é burra, nas divergências há verdade... encontre-as pois, AKI OU AKOLÁ!!!
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Exhaustor Corporation
De um filme... uma família perfeita. Pai bem sucedido profissionalmente, o bom marido, o pai atencioso, o homem visionário. A mulher fiel e dedicada, bonita e atenciosa, amável, boa mãe, compreensiva. A casa dos sonhos, um filho, um cachorro, piscina, amigos, etc... etc. Um projeto do marido, revolucionário, futurista, uma criança robô com capacidade para retribuir afeto, com uma condição, que a mãe o programe para amá-la, e ele o fará, incondicionalmente. Não somos robôs, mas somos "programados" para amar... é duro quando, como no filme, não se cuida o bastante antes de se afetuar a alguém. O resultado... desastroso, um dos filmes mais angustiantes que já vi... nunca consegui vê-lo novamente. Inteligência Artificial
Novamente uma família. Cada qual com suas tarefas. Há quem levante pela manhã, vá direto para a cozinha, e prepare o desjejum da família. Há quem arrume as camas, limpe os banheiros, lave as roupas, passe-as também. Há quem faça as compras, quem cuide do jardim, lave o quintal, guarde a casa. Há quem busque os jornais pela manhã, quem brinque com as crianças. Há quem nas mesmas famílias, suporte o desprezo, a chateação de um dia de trabalho difícil, o descontrole num chute impensado, num pisão enquanto cochilava. Há quem ache que o cão é da família. O cão é da família, mas ele é só um cão. Útil, prestativo, atencioso, não costuma guardar mágoas... mas, ele é só um cão, sempre só um cão.
Exhaustor Corporation.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
1/4 em Roma
Havia criado algumas expectativas quanto a este filme, muito embora depois de ler algumas críticas, sabia que poderia não ser lá tudo isso, e infelizmente não foi mesmo.
O filme fica devendo em vários aspectos, falta "liga", falta química prá o casal, falta uma construção do encontro, falta harmonia, desejo, envolvimento, entrega, e sobra artificialidade, e uma relação pouco convincente.
As cenas são plasticamente bonitas, mas mesmo o toque mais simples, não reflete quase nada de paixão, em alguns momentos uma nudez exagerada, com menos sensualidade do que poderia liberar um filme como esse. Prá cada transadinha um dramazinho da vida de uma delas... bem deprê. Por fim e prá mim a noite ficou longa.
O que efetivamente salva o filme é a trilha sonora, que é belíssima.
Me rendi a isso, fiquei até o último acorde... segue links prá trilha:
Loving Strangers - Russian Red
The painting speaks - Jocelyn Pooks
Women's Magazine Tango - Jocelyn Pooks
sábado, 27 de novembro de 2010
Mundo Alas - Documentário
DireçãoLeón Gieco, Fernando Molnar, Sebastián Schindel
RoteiroFernanda Ribeiz, Sebastian Schindel e Fernando Molnar
FotografiaManuel Bullrich
EdiçãoErnesto Felder
Empresa ProdutoraMagoya Films
Contatomagoyafilms@gmail.com | www.mundoalas.com.ar
sábado, 20 de novembro de 2010
Amadeus e a Mahler Chamber Orchestra
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Minhas Mães e Meu Pai
A vez anterior em que me arrisquei a ver um filme desses que, sei lá como entram no circuito comercial, vi um filme recheado de valores heteronormativos um tanto sutis, mas muito presentes. O filme nas suas "entrecenas" mostrava a família nuclear perfeita, hétero, com um casal de filhos, feliz e bem sucedida. Até que surge no caminho da esposa uma prostituta lésbica, que "seduz" a esposa indefesa e quase destrói a relação perfeita. Lá pelas tantas aparece morta, com claro indício de haver sido eliminada pela esposa, que num tom de reparação, salvou sua família. Final feliz: família hetero mantida, lésbica-puta-paranóica morta.
Os exageros, são por minha conta... é tanto que até esqueci o nome do filme.
Ontem em plenos pulmões para assistir "Quarto em Roma", a pré-estréia de um filme europeu, dei-me com a placa no guichê "ingressos esgotados". Sem tempo prá chorar e tentando garantir a diversão da noite me aventurei na sala com o título "Minhas Mães e Meu Pai". Tinha lido a sinopse noutro dia e sinceramente, se fosse argentino entraria mais confiante na sala.
O filme começa e termina com um humorzinho de sessão da tarde, mas que nas tais "entrecenas" destila porções maciças de preconceito, de heteronormatividades e de sarcasmo sobre as relações homoafetivas.
Num resumo breve brevíssimo, o tema é sobre a família de duas mulheres casadas há 20 e tantos anos que tem dois filhos, cada um gerado por uma delas, a partir da doação de esperma de um mesmo homem. O pai aparece na história quase de páraquedas, charmoso, desapegado, garanhão, decide "comer" uma das mães, que gosta é claro, e atende ao desejo carnal do então pai de seu filho. A outra mãe, desgostosa pela traição e invasão deste pai em sua família, "mija" nos quatro cantos da tela, chora, esperneia, fala grosso e marca seu território, é o "macho" do casal.
As sutilezas são muitas, os vídeos pôrnos gays que aparecem como "o vídeo de cabeceira" para excitar o casal, os brinquedos sexuais satirizados pelo amigo do filho que descobre o objeto mexendo nas gavetas das mães, a mulher lésbica que pode precisar ser "comida" por um homem prá se sentir valorizada.
O mote que poderia ser pensar uma nova configuração familiar, acaba por, de modo bastante preconceituoso, apontar uma configuração numa circunstância de descontrução, à semelhança de referencias heteros vulneráveis, que não são a regra das famílias universais.
Tratar das dificuldades que são reais nas relações familiares neste tipo de filme, é quase como querer inventar a roda, por isso, só consegui enxergar no filme suas sutilezas.
As gargalhadas vem com um tanto de indignação também. O final talvez marque este conjunto da obra pobre, o casal em vias de reatar, no carro no caminho de casa, são encorajadas pelo filho que diz a razão pela qual elas não deveriam se separar: "Porque elas são velhas demais". Não porque se amam, não porque tem uma história juntas, não porque seria bacana tê-las como família... mas, simplesmente "porque são muito velhas"... lésbicas, velhas e sozinhas, seria de fato a morte.
Achei o filme muito ruim, não recomendo. A quem queira vê-lo e me ajudar a entender diferente, fica o convite e o desafio... rsss.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
José e Pilar
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
"Não perco tempo com gente que desiste!"
Uma frase no filme "Em Um Mundo Melhor" me fez rever conceitos, ele disse: "Não perco tempo com gente que desiste!". Alguns comentários que tenho lido sobre as eleições presidenciais são de "gente que desiste!"... o garoto da frase é o da foto, e ele só tinha 12 anos.
O Brasil precisa crescer e saber lidar com a realidade dos fatos, seja ela qual for. O respeito ao diferente, à diversidade, aos direitos dos outros vai além das nossas "convicções de umbigo", precisamos seguir acreditando no que nos confere este status de humano, sem atropelar quem pensa e acredita diferente... o respeito adquirido jamais nos tirará a fala e a escuta.
sábado, 30 de outubro de 2010
Em Um Mundo Melhor - Filme Dinamarquês
Já sem tesão prá ver o filme, arrumaram cadeiras de madeira prá nós, outros tantos sentaram no chão, e lá fomos nós ao filme, que por sinal, quando a poeira baixou, já havia começado...
Mas, o filme valeu cada minuto sentada naquela cadeira dura e desconfortável.
O filme é um produção dinamarquesa que conta a história de dois garotos, sendo um deles, o Elias vítima de bullying e que estabelece uma relação de amizade com o outro garoto (não lembro o nome - muitas identificações... rssss), que acabou de perder a mãe e possui uma relação difícil com o pai (não por isso claro!!! rssss).
Os pais de Elias estão separados e o pai é médico sem fronteiras num vilarejo da África, região que sofre com guerrilhas paramilitares.
A história é arrebatadora, intensa, quase arranca nosso coração com as mãos.
O médico, pai do Elias, dá conta de compor um personagem que distingue de modo singular o passivo do pacifista. O que sofre a dor e a violência, mas não se rende ao revide. O enredo segue por este caminho, mas de um jeito que modera nossos sentimentos que vão da angústia de querer a justiça a qualquer preço ao pleno reconhecimento da virtude do médico Anton, o pai do Elias, que afronta o medo e assume o risco de ser ele mesmo.
As cenas são fortes, o bullying na escola dos "brancos" na Austrália, e também a violência contra mulheres e meninas "negras" grávidas na África, o machismo personificado no chefe de quadrilha de codinome "Machão". A humilhação que não tem níveis, a vingança que não tem limites, a dor que leva ao suicídio.
Torço para que este filme concorra ao Oscar, muita coisa prá se pensar... que ele volte em circuito comercial.
Anotem o nome.
domingo, 24 de outubro de 2010
Jogando Tango
Imagine-se fazendo ou participando de algo único, um espetáculo de música, de dança, um evento esportivo, uma visita a uma exposição, um passeio num parque, uma viagem, e inúmeras outras situações em que, aquele momento único nos aproxima de pessoas distantes. Talvez nem tão distantes, mas pessoas que não estão ali conosco e que adoraríamos que estivessem.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Como Esquecer
Hoje vi "Como Esquecer"... não pontuado por uma interrogação, mas que me levou a isso.
Numa história prá todos nós, o tema central do filme é a dor.
Falar de dor é difícil, senti-la é inevitável, superá-la é um feito.
Mas, encontrar-se na dor alheia, isso é arte. Na dor da Júlia, na dor do Hugo, da Lisa, da Helena. As nossas dores estão lá representadas, todas elas. O roteiro caminha por caminhos que já trilhamos em nossas tentativas de superar nossas dores. A plástica do filme é muito bonita, a provocação é tenaz, aproxima, nos leva junto, deita, come.
Como naqueles jantares em que a saladinha faz mais sucesso que o prato principal, Ana Paula Arósio poupou nos temperos e deixou prá Arieta Corrêa o lugar mais pretencioso e ousado.
O filme mantém a elegância de um argentino dançando tango. Me vi em várias cenas, me vi em todas elas.
Um filme prá ser visto e sentido.
fonte foto: http://comoesquecer.wordpress.com/ (blog oficial do filme)
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Museu DAS LEMBRANÇAS do Futebol
Outro dia conversando sobre culinária com uma amiga, chegamos ao ponto de falarmos de comidas que tem sabor de infância, que nos reportam de tal maneira que nos sentimos aconchegados ao sentir novamente aquele sabor.
Mas, nem só de sabor viveu nossa infância.
Hoje, uma vez mais nas minhas andanças por São Paulo em seus programas gratuitos, fui conhecer o Museu do Futebol, e revivi por um instante, que foi curto mas também eterno, um sentimento de infância, deliciosamente prazeroso.
Os finais de tarde me são especialmente agradáveis, talvez porque tenha nascido num final de tarde, exatamente às 16hs, e lembro-me de muitas situações e vivências das minhas tardes.
Após um dia de boas brincadeiras de crianças, num quintal de terra, chutando bola, correndo e subindo na goiabeira, no balanço do abacateiro, fazendo trilhas no chão para brincar de pneu, com os irmãos e amigos, ouvia meu pai ligando seu radinho AM para ouvir um desses programas de comentários de futebol, na Rádio Globo com o Osmar Santos.
Mesmo sem ser muito atenta, era-me muito familiar tudo aquilo. Meu pai sempre gostou mais de cozinhar do que minha mãe, ligava o rádio e enquanto tomávamos o café da tarde, ele ouvia todos aqueles comentários e já começava a preparar a janta, comida bem temperada, as suas sopas inesquecíveis, que saudades pai!!!
O som, o sabor, o aroma, tudo junto, muito familiar, muito agradável.
Hoje quando passava numa das salas de visitação do Museu, revivi um pouco disso, ao ouvir uma das narrações do Osmar Santos num jogo de Palmeiras e Corinthians (meu pai era muito corinthiano), por um momento experimentei tudo aquilo, de novo, que saudades... "ripa na chulipa, pimba na gorduchinha, e que gollllllllll!!!!".
Há alguns anos já sem isso, não só porque cresci, mas porque seu radinho já silenciou também, fica aqui minha lembrança e carinho eternos à memória deste pai que me ensinou muitas coisas... meu pai corinthiano "seu" Darcy, que me fez aprender e me faz sentir em coisas simples valores eternos... minhas muitas lágrimas prá você.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Florilégio
Bem... sou daquelas pessoas que não gostam muito de surpresas, mas acho também que as surpresas podem ser as mais variadas possíveis, e na verdade não gosto de determinados tipos de surpresas, mas gosto demais de ser surpreendida em algumas ocasiões.
Neste caso, nesta peça, fui agradavelmente surpreendida.
Um teatro-musical divertidíssimo com os atores Carlos Moreno (o garoto Bombril) e Mira Haar, e o tecladista Jonatan Harold. Com um repertório variadíssimo, tivemos canções de Lupicínio Rodrigues à Edith Piaf, sempre com muito talento e humor.
A alegria dos atores no palco é contagiante, a poesia nas canções são exaltadas com interpretações que encantam, com o humor característicos desses atores.
Fica mais esta dica, e é de graça.
Para mais informações sobre o espetáculo clique no link:
http://catracalivre.folha.uol.com.br/2010/09/mira-haar-e-carlos-moreno-no-espetaculo-florilegio/
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Dos Hermanos
Uma comédia argentina suave, que não chega a ser entediante ou cansativa, mas está longe de ser genial. Propõe uma reflexão que talvez faça mais sentido ao contexto cultural de los hermanos latinos, que a nosotros. Pensar a convivência de dois irmãos bastante diferentes, ambos com mais de 50 ou 60 anos, solteiros, trazendo desta relação conflitos de toda uma vida. Uma relação fraternal que vai do mais profundo desprezo ao amor incondicional. É interessante usarmos a historieta para pensarmos nossas próprias relações familiares, ainda que o filme não impulsione necessariamente a isto. Um aspecto que poderia provocar um pouco mais, fica somente na insinuação do irmão gay, mas cabe bem a escuta que temos dos nossos familiares.
Nada de espetacular, somente prá quem realmente gosta do cinema argentino, e que, como eu, acabe se deliciando de qualquer forma.
Buena película!!!
domingo, 10 de outubro de 2010
S3RV3
sábado, 9 de outubro de 2010
O Poeta e as Andorinhas
Quando pensamos nestes adjetivos, nos vem conceitos um tanto subjetivos, de referências absolutamente pessoais, e que portanto, difíceis de definir. Há quem diga que o feio não existe. Pois é, mas parto por essa introdução, para falar deste espetáculo, que me deixou com um sentimento de suave e adocicada beleza.
Um espetáculo que conta contos de Oscar Wilde de um jeito lindo, leve e formoso. Apesar de ser um espetáculo infanto-juvenil, trata de questões que são de todos nós, quem não sabe o que é amar incondicionalmente, amar sem ser correspondido, doar-se, negar-se por amor. Que delícia de tempo passado ao som de canções doces, bem cantadas, um cenário que nos transporta a outros tempos.
A mensagem central é do amor que só vale a pena se for para libertar, seja pela morte, seja pela vida.
Vale muito a pena assistir, levar amig@s, sobrinh@s, filh@s, de todas as idades... gratuito com distribuição dos ingressos uma hora antes do espetáculo, sábados às 16hs, no Teatro Imprensa (Rua Jaceguai, 400 - São Paulo).
Segue link com trailler do espetáculo:
http://www.youtube.com/watch?v=4-0PnMROV6U
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Et Si Tu N'existais Pas
ENFIM VIÚVA - mais uma produção francesa deliciosamente surpreendente.
Este filme é um pouco de tudo que esperamos encontrar numa pessoa a quem queremos amar: nos faz rir, nos faz refletir sobre coisas importantes, nos faz sentir raiva as vezes, nos faz sentir saudades, nos faz chorar, mas acima de tudo, nos faz desejar sempre ver novamente e passar por tudo outra vez.
A história é simples, mas suavemente envolvente, muito bem dosada em suas porções de humor, de drama, de romance, e que subitamente ainda nos rega com uma trilha sonora de particular encantamento.
Vejam e se apaixonem novamente, depois de assistir precisei de uma longa caminhada na Paulista prá me recuperar antes de ir prá casa, simplesmente sensacional.
Segue link prá um vídeo clip da trilha sonora principal do filme numa versão atual e gostosíssima de ouvir.
http://www.youtube.com/watch?v=W-VnxF6b0A0
Confiram!!!
domingo, 19 de setembro de 2010
O Beijo
sábado, 18 de setembro de 2010
Antes que o Mundo Acabe e 5xFavela
sábado, 11 de setembro de 2010
ONDE VOCÊ ESTAVA EM 11 DE SETEMBRO DE 2001?
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Oh My God
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Um Novo Caminho
terça-feira, 27 de julho de 2010
O Grão
segunda-feira, 12 de julho de 2010
O Pequeno Nicolau no Maravilhoso Mundo de Bob
domingo, 11 de julho de 2010
Volver a los Diecisiete
terça-feira, 6 de julho de 2010
O Nada
Se não há corpo, não há morto, se não há morto, não há crime, se não há crime, não há pecado, sem pecado, não há perdão, se não há perdão, não há corpo, se não há corpo, não há nada. Se não há som, não há música, sem música, não há melodia, sem melodia, faltam notas, sem notas, há vazio, no vazio, há eco, no eco há vazio, no vazio sou o nada. Sem sol, não há luz, sem luz, não há clareza, sem clareza, há confusão, na confusão há incertezas, nas incertezas há tropeços, nos tropeços, vem as quedas, nas quedas há dor, na dor há escuridão, na escuridão não há luz, se não há luz, não há nada. Se não há graça, não há virtude, sem virtude, não há dádiva, sem dádiva, não há presente, sem presente, não há riso, sem riso, não há gozo, sem gozo, não há glória, se não há glória, não há vitória, sem vitória, não há graça, se não há graça, não há nada. No nada não há vida, se não há vida, há um morto, se há um morto, onde está o corpo? O corpo de muitas faces, o corpo de muitas delas, o corpo de muitas ditas, já ditas, graças, glórias, vitórias, benditas, benditas em cada uma, benditas em todas elas. Se não há eu, não há corpo, se não há corpo não há morto, se não há morto não há nada.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Saramago
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Nós, Golpistas dos Anos
domingo, 6 de junho de 2010
Coisas Que Deixamos Pelo Caminho
domingo, 30 de maio de 2010
Orgasmos Vivos
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Beethoven e os Medos Privados em Lugares Públicos
domingo, 16 de maio de 2010
Redescobrir - A MÚSICA
O suor dos corpos na canção da vida, história
O suor da vida no calor de irmãos, magia
Como um animal que sabe da floresta, perigosa
Redescobrir o sal que está na própria pele, macia
Redescobrir o doce no lamber das línguas, macias
Redescobrir o gosto e o sabor da festa, magia
Vai o bicho homem fruto da semente, memória
Renascer da própria força, própria luz e fé, memória
Entender que tudo é nosso, sempre esteve em nós, história
Somos a semente, ato, mente e voz, magia
Não tenha medo, meu menino bobo, memória
Tudo principia na própria pessoa, beleza
Vai como a criança que não teme o tempo, mistério
Amor se fazer é tão prazer que é como se fosse dor, magia
Como se fora brincadeira de roda, memória
Jogo do trabalho na dança das mãos, macias
O suor dos corpos na canção da vida, história